tamanho-para-site-opcao-1-1No dia 8 de março, não faltam homenagens destinadas às mulheres. Geralmente, as flores e brindes entregues pelo comércio – que se apropriou da data – remetem à delicadeza feminina, mas deixam de fora um aspecto importante: o Dia Internacional da Mulher como um momento de relembrar a luta por direitos.

Se atualmente as mulheres podem votar, trabalhar, estudar e ser independentes, é porque, nas últimas décadas, uma grande mobilização de trabalhadoras, em vários países do mundo, levou a isso.

“Historicamente, todos os direitos da classe trabalhadora precisaram de organização e luta para serem conquistados. No caso das mulheres, foi preciso o dobro de resistência. Nada veio de mão beijada; há um grupo de operárias que se mobilizou por trás de cada conquista. Não podemos esquecer disso quando falamos do dia 8 de março”, explica o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior.

As mudanças que ainda são necessárias

Mesmo com muitos avanços, mulheres ainda passam por muita discriminação exclusivamente por conta de seu sexo. A violência doméstica ainda é um grande problema no país. De acordo com dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), uma mulher é agredida a cada 7 minutos no país.

Com esse dado, é fácil entender como, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH), O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de países com maior número de feminicídios – um tipo de homicídio que acontece quando a mulher é morta exclusivamente por ser mulher. Geralmente, o crime é cometido pelo parceiro ou ex-companheiro da vítima.

No mundo do trabalho, a desigualdade também é gritante. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as trabalhadoras ainda ganham 24% a menos do que trabalhadores do sexo masculino que ocupam funções semelhantes.

Por isso, o Sindeesmat vai além de parabenizar as mulheres da categoria. Nessa data, a entidade reforça seu apoio às trabalhadoras e reafirma que encara a luta por direitos para o segmento como uma de suas prioridades.

O comprometimento vai além de meras palavras e pode ser verificado em todas as ações que o sindicato desenvolve com as mulheres ao longo do ano – como a Caminhada Outubro Rosa, que promove anualmente a conscientização sobre o câncer de mama em Curitiba.

Fonte: Sindeesmat