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Diante da atual conjuntura política e econômica, os desafios para fechar acordos e garantir que os trabalhadores não percam direitos estão cada vez maiores. Para o movimento sindical, é indispensável se preparar para a luta que está por vir. Por isso, o Sindeesmat participou do XVIII Seminário de Negociação Coletiva da Fetropar e dos Sindicatos Filiados, realizado nos dias 7 e 8 de novembro, em Guarapuava.

Ao longo do evento, os participantes analisaram o panorama dos dois últimos anos e traçaram estratégias para que a classe trabalhadora possa resistir aos retrocessos – que, ao que tudo indica, deverão se intensificar nos próximos anos com a ameaça de retirada de direitos trabalhistas e a Reforma da Previdência, que pode ser votada ainda em 2018.

Para o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, a participação no evento contribuiu para atualizar as estratégias de articulação do sindicato e garantir que a representação e luta seja cada vez mais efetiva para os trabalhadores. “O seminário é fundamental para que possamos discutir os principais desafios da negociação coletiva diretamente com a assessoria jurídica e especialistas. Criamos novas ferramentas para sentar com os patrões e conquistar avanços para a categoria mesmo diante dos retrocessos das novas leis”, explicou.

Participantes analisaram impacto dos desmontes da Reforma Trabalhista nas negociações

tamanho-para-sitte-2-1A programação foi composta por debates que passaram por três temas: Análise da conjuntura econômica, das negociações coletivas e impactos da Reforma Trabalhista; Análise Política das Negociações Coletivas; e Análise jurídica, discussão do rol e demais procedimentos assemblear. Todas as discussões foram introduzidas por especialistas em direito do trabalho e movimento sindical.

Os debates relembraram que grande parte dos problemas enfrentados pela classe trabalhadora – como a perda de postos de trabalho e precarização das condições laborais – se deve aos desmontes dos últimos anos, como a Reforma Trabalhista e a Lei das Terceirizações.

As perspectivas para o próximo governo ainda são muito nebulosas, mas o seminário contribuiu para preparar os dirigentes sindicais para continuar desenvolvendo um bom trabalho nas mesas de negociação.

Para se ter uma ideia, de 2007 a 2017, os salários dos rodoviários tiveram um crescimento de 137% na remuneração, contra uma inflação que subiu 90% no período. Tudo isso graças aos acordos e convenções coletivas.

“Foi uma discussão importante para relembrar que é o trabalho dos sindicatos que garante os direitos da categoria, mesmo em tempos difíceis. Saímos fortalecidos para continuar realizando um bom trabalho em 2019”, afirmou Agisberto.

Fonte: Sindeesmat