20150723_sindeesmat_FinanciamentoCampanha-01Divulgada em 6 de julho, pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mostra que 74% dos brasileiros são contra o financiamento de campanha por empresas privadas. Apenas 16% da população é a favor, e 10% não sabe.

Além de a maioria dos brasileiros ser contra o financiamento, 79% acredita que as doações de empresas estimulam a corrupção, enquanto 12% não aponta relação, 3% acredita que o financiamento combate essa prática e 6% não tem opinião formada sobre o assunto.

Daqueles que rejeitam a doação empresarial a partidos, 80% têm ensino superior e 82% ganha de cinco a dez salários mínimos.

Em relação aos partidos com que os entrevistados se identificam, 22% das pessoas favoráveis às doações são eleitoras do PSDB e 20% do PT.

A pesquisa do Datafolha indica que existe insegurança dos brasileiros em relação às doações de empresas a campanhas políticas. A população acredita que a corrupção é beneficiada por causa desse tipo de financiamento.

A pesquisa foi realizada com 2.125 pessoas, de 9 a 13 de junho, em todas as regiões do Brasil.

Autora da Ação Direta da Inconstitucionalidade (ADI) 4.650, em tramitação no Superior Tribunal Federal (STF), a OAB pretende alcançar a proibição da prática de financiamento empresarial de campanhas, mas o julgamento da ação foi interrompido há cerca de um ano atrás Gilmar Mendes.

Mais recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu outro golpe para garantir a aprovação da doação empresarial para partidos.

Cunha fez uma manobra para colocar o tema em discussão apenas um dia após a rejeição à inclusão do financiamento empresarial de candidatos na Constituição nos termos da reforma política (Proposta de Emenda à Constituição – PEC 182/2007).

Dos 20 temas da reforma votados em primeiro turno, a doação de empresas para campanhas de partidos foi aprovada.

Fonte: Sindeesmat