Pesquisa realizada pelo Ministério da Previdência Social (MPS) indica que as mulheres são mais vulneráveis a doenças causadas pelo trabalho. Segundo o estudo, entre o período de 2004 e 2013, a concessão de auxílio-doença acidentário entre as mulheres cresceu 172%, enquanto os vínculos empregatícios tiveram crescimento de 79%.

Já entre os homens, a pesquisa indicou que, durante o mesmo período, a concessão do auxílio-doença acidentário subiu cerca de 60%, em comparação à elevação de 53% no número de empregados assalariados.

Em relação às principais causas dos acidentes, segundo a pesquisa, se percebe diferença entre os gêneros. Os homens apresentam maior vulnerabilidade para causas traumáticas, já as mulheres têm mais ocorrências de doenças relacionadas às condições ergonômicas.

A diferença entre o número de acidentes no trabalho entre homens e mulheres deve ser vista como uma necessidade de mudanças nas políticas de prevenção de acidentes.

Para o presidente do Sindicato dos Empregados em Escritórios e Manutenção nas Empresas de Transportes de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindeesmat), Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, é preciso prestar atenção nas mulheres dentro do local de trabalho, pois “a segurança delas deve ser um dos fatores primordiais no momento em que exercem suas atividades”.