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Sabe aquela sensação de peso no coração após um longo dia de trabalho? Fique alerta, pode não ser só cansaço. Ao trabalhar mais de 10 horas por dia, você pode estar colocando seu coração em risco. Por isso, cuidar da saúde é fundamental.

Uma pesquisa divulgada na Finlândia revelou que o risco de doenças cardiovasculares aumenta em 60% para quem trabalha de 10 a 11 horas diariamente. E como todo mundo sabe, quem trabalha muito, se diverte pouco. Com menos tempo livre para relaxar e cuidar de si, o estresse toma conta do trabalhador.

Doenças como angina, insuficiência cardíaca, derrame, infarto e pressão alta, por exemplo, são bem mais frequentes entre os trabalhadores que passam tempo excessivo nas empresas. Isso afeta o coração, mesmo que o funcionário não se sinta estressado no dia a dia.

Jornada de trabalho

Trabalhamos muito no Brasil, e a tendência é trabalhar mais. Foi só após a Constituição de 1988 que a jornada de trabalho semanal passou de 48 para 44 horas. Por dia, o trabalhador brasileiro não deve ultrapassar as 8 horas. Mas é aí que está o problema, pois muitos fazem horas extras.

Desde 1943, com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), podem ser acrescentadas somente duas horas extras à rotina do trabalhador. Por isso, se o funcionário costuma trabalhar 8 horas diárias, ele só pode cumprir uma jornada de, no máximo, 10 horas.

O intervalo entre uma jornada e outra, conforme a CLT, deve ser, no mínimo, de 11 horas. Sendo assim, o trabalhador não pode ser chamado para cumprir mais uma jornada de trabalho, se o período de intervalo para descanso não for respeitado.

“O empregador não pode coagir o trabalhador a pular os intervalos ou fazer uma jornada maior do que a que está prevista em lei. Se isso acontecer, a categoria deve denunciar a situação imediatamente o Sindeesmat. A identidade do trabalhador pode ser preservada na denúncia. Assim, o sindicato busca uma solução para o problema enquanto protege o denunciante”, explica o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior.

As entidades sindicais permanecem na luta para garantir os direitos do trabalhador.

Fonte: Sindeesmat