Um grupo de aproximadamente 70 pessoas, formado por integrantes do Movimento de Acompanhamento ao Transporte Público (Matu), da Frente de Luta pelo Transporte e do movimento R$ 3,70 Nem Tenta invadiu estações-tubo no Centro de Curitiba na noite desta quinta-feira (4) e liberaram algumas catracas para que os passageiros embarcassem nos ônibus sem pagar a passagem. Esse foi mais um ato contra o aumento da tarifa na capital paranaense

Confira imagens do protesto

A reunião para o protesto ocorreu no pátio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por volta das 18h30. Cerca de meia hora depois, o grupo se dirigiu à estação Marechal, na esquina da Mariano Torres com a Marechal Deodoro. Os manifestantes conversaram com o cobrador, mas não conseguiram fazer com que o trabalhador liberasse a entrada dos usuários sem o pagamento dos R$ 3,70. Tentaram também a catraca utilizada para o desembarque dos passageiros dos ônibus (do outro lado do tubo), mas não tiveram sucesso.

Às 19h15, as pessoas que participavam do ato chegaram à Estação Central, na Presidente Faria, perto do Calçadão da XV. Algumas delas pularam as roletas, enquanto outras tentavam, mais uma vez sem sucesso, que os cobradores liberassem a entrada de todos – manifestantes e usuários. Mesmo sem autorização dos funcionários, o grupo forçou a abertura da “porta” ao lado da catraca no tubo do sentido Capão Raso-Santa Cândida. Alguns passageiros aproveitaram para entrar sem pagar a tarifa, mas outros se recusaram e passaram o cartão-transporte.

Uma cobradora que não quis se identificar afirmou concordar com a catraca livre. Para ela, é um absurdo o que as empresas de ônibus fazem com usuários e trabalhadores, referindo-se aosconstantes atrasos no pagamento dos salários.

Após 10 minutos, o protesto seguiu para a estação Carlos Gomes, na praça de mesmo nome, onde param as linhas Boqueirão e Ligeirão Boqueirão. O acesso ao local também foi “liberado” pelos manifestantes, por volta das 19h30. A adesão dos usuários ao “fura catraca” foi grande. Para a depiladora Odete Moreira, o ato foi “corretíssimo”. A agente de suporte técnico Camila Barbosa também concordou com a ação, mas disse temer que os cobradores sofressem alguma represália por conta da liberação das catracas.

A ação durou até as 19h50, quando o grupo foi para o tubo Praça Eufrásio Correia, na Avenida Sete de Setembro. O mesmo modus operandi foi adotado nos dois sentidos – Santa Cândida-Capão Raso e Capão Raso-Santa Cândida. Lá, permaneceram aproximadamente 30 minutos.

Com os manifestantes em menor número, o protesto terminou no Terminal Guadalupe, por volta das 20h40, onde foram distribuídos panfletos a quem passava pelo local e liberaram, por alguns instantes, a catraca da estação tubo Boqueirão/Centro Cívico.

Apesar da liberação da entrada sem o pagamento da tarifa não foram registradas cenas de violência ou vandalismo. Parte da manifestação foi acompanhada por três equipes da Guarda Municipal em suas motos.

Segundo Edson Teixeira, que integra a Frente de Luta pelo Transporte, os protestos não vão parar até que o prefeito Gustavo Fruet se mostre aberto ao diálogo. Para Teixeira, ações como a de hoje são importantes para mobilizar os cidadãos em relação às discussões sobre o transporte público. “A sociedade está revoltada, mas dispersa”, afirmou.

 

Fonte: Gazeta do Povo

 

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Uma cobradora que não quis se identificar afirmou concordar com a catraca livre. Para ela, é um absurdo o que as empresas de ônibus fazem com usuários e trabalhadores, referindo-se aosconstantes atrasos no pagamento dos salários.

Após 10 minutos, o protesto seguiu para a estação Carlos Gomes, na praça de mesmo nome, onde param as linhas Boqueirão e Ligeirão Boqueirão. O acesso ao local também foi “liberado” pelos manifestantes, por volta das 19h30. A adesão dos usuários ao “fura catraca” foi grande. Para a depiladora Odete Moreira, o ato foi “corretíssimo”. A agente de suporte técnico Camila Barbosa também concordou com a ação, mas disse temer que os cobradores sofressem alguma represália por conta da liberação das catracas.