20150707_sindeesmat_SaudeMentalSaúde mental, por definição do Ministério da Saúde (MS), é o equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências externas. É a capacidade de administrar a própria vida e suas emoções dentro de um amplo espectro de variações sem, contudo, perder o valor do real e do precioso.

É necessário que o empregado tenha este equilíbrio emocional entre o interno e as exigências externas da função que exercita no trabalho para que não se sobrecarregue.

Fatores de risco

As empresas devem ter em mente que, entre as diversas doenças relacionadas ao trabalho, existem as que são causadas por fatores psicológicos, como sobrecarga, metas irreais, prazos muito curtos, pressão constante, falta de influência e autonomia, e patologias ocasionadas devido ao assédio.

Pesquisa recente da auditora fiscal do trabalho Luciana Veloso identificou que muitos riscos psicossociais, relacionados tanto ao contexto em que o trabalho se desenvolve quanto ao conteúdo do trabalho em si, são crescentes e sofrem com a negligência cultural e institucional.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou documento no qual afirma que os fatores psicossociais no trabalho se originam entre dois polos. De um lado estaria o ambiente do trabalho, que compreende o conteúdo e as condições do trabalho. Do outro, estariam as habilidades, necessidades, cultura e circunstâncias pessoais dos empregados que, por meio de suas percepções e experiências, influenciam sua saúde, seu desempenho e a satisfação no trabalho que realizam.

Ou seja, as condições de trabalho e o ambiente criado por este, em conjunto com as circunstâncias pessoais do trabalhador, podem se tornar causa de doenças psicossociais – que se manifestam de diversas maneiras.

No trabalho

Trabalhadores com distúrbios mentais que continuam no seu ambiente laboral podem apresentar comportamentos ativos, fazendo reclamações, enfrentando chefes e superiores hierárquicos, se atrasando constantemente etc.

Outras condutas típicas envolvem resignação, indiferença pela qualidade do trabalho, absentismo, falta de participação, não ter vontade de estar com outras pessoas, sentir-se agoniado, não conseguir dormir bem, abusar de comida, álcool ou tabaco. Além de ser causa de acidentes, uma vez que os riscos psicossociais podem causar distração e insegurança.

Na vida pessoal

Transtornos mentais também podem vir a se transformar em condições físicas, tais como enfarte, bronquite, asma, úlcera, gastrite, síndrome do cólon irritável, doença de Chron, psoríase, neurodermite e alergias.

Para o presidente do Sindicato dos Empregados em Escritórios e Manutenção nas Empresas de Transportes de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindeesmat), Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, “é importante cuidar para que as empresas não sobrecarreguem o trabalhador e, assim, prejudiquem sua saúde”.

Fonte: Sindeesmat