tamanho-para-site-2Um debate constante entre as entidades sindicais ao longo de 2018 tem sido a resistência dos patrões de comparecerem às mesas de negociação. A situação tem piorado com os ataques à classe trabalhadora, constantes no Governo Temer.

Por isso, o Seminário de Negociação Coletiva da Fetropar e sindicatos filiados neste ano terá uma programação voltada aos desafios para acordos coletivos que surgiram após a Reforma Trabalhista.

O evento irá reunir especialistas em Direito do Trabalho e movimento sindical para traçar estratégias de enfrentamento aos retrocessos que a nova Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem causado nessa área.

Os dirigentes sindicais presentes na reunião optaram por realizar o Seminário na cidade de Guarapuava, no início de novembro. A data oficial será definida nas próximas semanas.

Para o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, as discussões que já foram introduzidas na reunião da Federação e que serão desenvolvidas nesse evento irão oferecer novos recursos para a luta da categoria por direitos e pela retomada das negociações coletivas.

“Nossa luta tem sido particularmente difícil na atual conjuntura. Estamos nos preparando para fortalecer ainda mais o sindicato e garantir que a categoria não perca seus direitos”, explicou Agisberto.

tamanho-para-site-3Reunião também debateu outras questões sobre a defesa do movimento sindical

Além das negociações coletivas, o grupo também conversou sobre outras medidas de resistência a condutas antissindicais, como a discussão sobre custeio das entidades, desenvolvida no Fórum em Defesa da Liberdade Sindical, espaço de debates do Ministério Público do Trabalho (MPT-PR).

Nas próximas semanas, a Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis) irá emitir uma nova nota técnica falando sobre a importância da contribuição sindical para que a luta pelos direitos dos trabalhadores continue. Um documento semelhante já havia sido publicado em abril.

Os dirigentes sindicais também concordaram em cobrar uma postura mais incisiva do MPT-PR sobre empresas que não respeitam o direito dos trabalhadores à organização política e participação nos sindicatos.

“As tentativas dos patrões de coagirem a categoria para não se organizar estão cada vez mais escancaradas. Não iremos tolerar esse tipo de atitude, e queremos que haja punições sérias para empresas que abusam de seu poder para cercear a liberdade sindical”, afirmou Agisberto.

Fonte: Sindeesmat