sindeesmat_saude36Desânimo, culpa e inquietação tomam conta da vida da pessoa que convive com a depressão. Aos poucos, o isolamento social afeta todos os âmbitos da vida, até o ponto em que trabalhar se torna algo inviável. Conhecida como o “mal do século”, a doença será a mais incapacitante do mundo até 2020, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números são preocupantes: no Brasil, mais de 75 mil pessoas foram afastadas do trabalho por conta do transtorno somente em 2016.

A depressão apresenta sintomas que variam de acordo com a personalidade e o estilo de vida de cada um. Ela pode se manifestar no choro constante, na perda de interesse em coisas que antes eram prazerosas, na alteração no sono e, em casos mais críticos, em pensamentos suicidas. Não há um consenso sobre as causas da doença, mas especialistas concordam que a exposição permanente a situações de estresse, tensão e insegurança no ambiente de trabalho colaboram para o seu desenvolvimento.

Para o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, os dados sobre o afastamento de trabalhadores atingidos pela depressão revelam o descaso das empresas com o bem-estar emocional dos trabalhadores. “O ritmo de produção, o estímulo à competitividade, o risco de ser demitido e o assédio moral são elementos que afetam diretamente a saúde do trabalhador. Enquanto as empresas não promoverem iniciativas voltadas à saúde psicológica dos empregados, esses números vão continuar crescendo”, afirma.

Síndrome de Burnout

O desânimo causado pelo estresse no trabalho tem um nome específico: é a Síndrome de Burnout. Não à toa, ela também é conhecida como Síndrome de Esgotamento Profissional. A única diferença entre ela e a depressão é o peso que o ambiente profissional tem no diagnóstico.

Pessoas atingidas pela síndrome geralmente estão submetidas a um ambiente de trabalho marcado por assédios moral e sexual, discriminação, longas jornadas de trabalho e ansiedade por resultados. Em casos mais graves, a síndrome pode terminar em atos suicidas.

Fonte: Sindeesmat