O salário de contratação de homens com curso superior é, em média, 52% maior que o de mulheres com o mesmo grau de instrução. Enquanto o homem com essa formação entra na empresa recebendo R$ 3.493, para a mulher o vencimento inicial é de R$ 2.303. Quanto mais alto o cargo, maior tende a ser a diferença de remuneração entre os sexos.

LISTA: Saiba quais são as ocupações com maior diferença salarial

O abismo salarial entre profissionais com diploma universitário é muito maior que o observado no conjunto de todos os trabalhadores, com os mais diversos níveis de escolaridade. Na média geral, os homens recebem salário inicial de R$ 1.322 e as mulheres, de R$ 1.161, uma diferença de 14%.

Os dados, que refletem os salários médios de admissão no Brasil todo entre janeiro e outubro, foram levantados pela Gazeta do Povo no banco de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que retrata a realidade do emprego formal, sob o regime da CLT.

Dentre as 535 ocupações de nível superior que neste ano registraram a contratação de pelo menos trabalhador do sexo masculino e um do feminino, em 418 – 80% do total – o salário de admissão dos homens foi maior. As mulheres foram contratadas com uma remuneração mais alta em apenas 110 profissões.

Cargos

Considerando-se apenas as ocupações que somaram ao menos 500 contratações entre janeiro e outubro, a maior diferença de remuneração está no cargo de diretor geral. Os 997 homens com curso universitário contratados para essa função receberam salário inicial de R$ 21.484, em média, 126% acima da remuneração das 326 mulheres com diploma admitidas para o mesmo posto (R$ 9.522).

A segunda maior diferença, de 105%, ocorreu no cargo de diretor administrativo e financeiro (R$ 17.643 para homens e R$ 8.621 para mulheres). Em seguida, aparecem secretários executivos e bilíngues, em que a remuneração média de admissão dos homens (R$ 5.471) superou em 86% a das mulheres (R$ 2.936).

Entre as ocupações que remuneram melhor as mulheres recém-contratadas, o destaque vai para motorista de veículo de carga. As 43 brasileiras contratadas para essa função em 2015 receberam, em média, R$ 2.080 por mês, 28% a mais que os 1.625 homens admitidos.

Professoras de música, artes e drama do ensino superior receberam 22% mais que os homens contratados para o mesmo cargo. No caso de professores práticos no ensino profissionalizante, houve uma diferença de 20% a favor das mulheres.

Fonte: Gazeta do Povo