Com popularidade cada vez menor graças aos crimes cometidos durante a pandemia e ao caos econômico e social em que colocou o país, o presidente Jair Bolsonaro se segura no poder agradando (com nosso dinheiro) os políticos do Centrão e ao “mercado” – ou seja, os empresários.

Enquanto para o Centrão são oferecidos cargos e bilhões de reais em orçamento público, para o mercado Bolsonaro e seu governo oferecem “reformas”, como a PEC 32/2020, que é conhecida como Reforma Administrativa.

Elas podem até agradar o mercado e os empresários, mas o custo para a população é altíssimo, como no caso da Reforma da Previdência.

Trabalhar mais e ganhar menos

A Reforma da Previdência foi aprovada em novembro de 2019. Segundo seus defensores, seria necessária para ajudar a “zerar o déficit”, ou seja, as dívidas do Estado brasileiro, e geraria empregos e desenvolvimento para o Brasil.

Após dois anos de sua aprovação, está provado que as promessas eram falsas: o desemprego aumentou e os trabalhadores brasileiros têm agora muito mais dificuldade para se aposentarem.

Em relação ao déficit e a um suposto “rombo” na Previdência, a situação não melhora. Afinal, com maior taxa de desemprego, há menos pessoas contribuindo para o INSS.

Entre as mudanças que prejudicam os trabalhadores estão novas regras como a exclusão da possibilidade de se aposentar por tempo de contribuição, o aumento de idades mínimas, as mudanças na pensão por morte e a regulamentação de novas alíquotas de contribuição.

Com o aumento nas idades mínimas e nos cálculos de contribuição, os brasileiros agora precisam trabalhar e pagar mais para depois ganharem menos ao se aposentar, se conseguirem.

Quando Bolsonaro e seus aliados falam em reformas, não estão querendo melhorar nada, como o termo poderia indicar: são políticas de destruição do Estado e das políticas públicas, que tornam a vida da população mais difícil em troca do lucro de alguns poucos. 

Fonte: Sindeesmat